O que aprendi sobre motivação em tempos de crise com a Covid-19

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Motivação como fonte-chave para o desempenho

Que a motivação ajuda no desempenho dos funcionários e gera resultados para as organizações já não é novidade para ninguém. Porém, é algo que muitos têm levado em consideração apenas em momentos de crise, embora a construção do relacionamento de longo prazo deva-se ao cultivo diário de confiança, transparência, respeito e reconhecimento profissional.

A motivação é a força motriz para toda e qualquer realização do ser humano, desde os atos mais simples do dia a dia aos mais complexos em uma grande corporação. Por meio da motivação, vamos a qualquer lugar, construímos caminhos e oportunidades em cenários completamentes destruídos. É por meio dela que acreditamos e buscamos oportunidades. Portanto, nutri-la com pequenos eventos positivos, genuínos e diários, direcionando energia para um objetivo em comum, a torna um excelente recurso pessoal e organizacional que impacta positivamente não só as empresas, mas toda a sociedade.

Isso me faz lembrar também do nosso compromisso de automotivação. Na Índia, existe um termo, “Sankalpa” – resolução e propósito interior, que, por meio de práticas, tornam possível evocar o poder da intenção e ajudam no processo de automotivação.

Afinal, de quem é a responsabilidade de gerar motivação: da empresa ou do colaborador?

De um lado, o colaborador deve sempre apresentar comportamentos saudáveis em relação a sua meta profissional, tendo um objetivo a ser alcançado. Isso significa acreditar em si, ter sonhos para prosperar na empresa, não desistir de lutar diante das dificuldades, perceber os próprios erros e aprender com eles, buscar por atividades que o realizem por mais que tenha de executar muitas das práticas que não fazem parte do seu papel ou do seu grado. Manter a mente conectada com um olhar positivo, estabelecer metas e celebrar as conquistas da empresa sempre com unicidade, são outras características desejáveis.

De outro lado, a empresa deve tratar o colaborador com respeito, confiança, reconhecimento, benefícios em dia, remuneração justa. O jogo de ganha e perde já não é um fator de prosperidade para as empresas.

As gerações Y e Z costumam se expor e se posicionar em relação à cultura de “obedece quem tem juízo, manda quem pode”. Há uma expectativa de relacionamento e transparência além do “mínimo viável” com o colaborador, principalmente em tempos de crise, quando a empresa, mais do que nunca, precisa de compromisso e dedicação.

O cenário no Brasil é desafiador. Como o colaborador pode manter-se automativado diante da redução do salário, muitas vezes estagnado em um cargo e com cada vez mais volume de trabalho, tendo ainda que acumular funções?

Mais do que nunca, se a missão, visão e o propósito da empresa não estiverem alinhados com a realidade, se as experiências e percepções no dia a dia do funcionário não são levadas além de datas comemorativas de endomarketing, infelizmente as relações em momento de crise estarão fadadas à falta de motivação.

Como está sendo a motivação da empresa que você trabalha?

A motivação pode ser induzida de muitas formas. É possível perceber fontes de motivação de baixo nível emocional, pessoal, com todo tipo de sentimento. Alguns podem ser motivados pelo medo e pela escassez; outros, por insegurança pessoal; alguns, por competição interna, por dinheiro atrelado à necessidade. Estamos todos em um momento difícil, porém cada um em seu barco com sua zona de conforto particular sendo abalada de alguma forma. Cenários caóticos são colocados como exemplos que acabam intimidando muitos que ainda navegam minimamente estáveis em seus empregos.

No entanto, muitas empresas estão se fortalecendo e estreitando ainda mais a relação com seus funcionários, transformando em experiências diárias seus valores e seu propósito institucional. Provavelmente esse não é um trabalho fácil e com certeza existem pessoas dedicadas a fazer uma boa gestão de percepção da marca com visão de longo prazo. Algumas marcas estão gerando mais valor de marca na crise. Uma delas é a Nubank, que a cada dia nos surpreende com uma nova notícia.

Diante de todo esse cenário, reflito e percebo claramente que a motivação que de fato vai gerar inovação e superação dos obstáculos é aquela que, por meio do esforço diário, ao alinhas suas promessas institucionais à realidade do colaborador, transmitir equidade e reconhecimento de que todas as áreas de fato são pilares essenciais para o sucesso da empresa, são as verdadeiras qualidades para uma forte fonte de engajamento multidisciplinar e transformador.

Quem compartilhou essas informações para o nosso Blog foi a Larissa Franciscato, ela atua na área de Gestão Estratégica de Marcas. Larissa é head de marketing do Grupo Mathesis e Assessora da marca Witzler | energia. Para ela, marcas são grandes agentes de transformação e acredita que elas podem impactar positivamente o mundo.

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